Rodrigo Peterka, gerente da área de EPC da Concremat, participa como especialista técnico da Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE-241) sobre a normalização do Método Não Destrutivo (MND) de Perfuração Direcional Horizontal. São realizadas reuniões mensais, nas quais são discutidos tópicos e conteúdo para a estruturação da norma.
Peterka explica que o processo de elaboração de uma Norma Brasileira é iniciado a partir de uma demanda, que pode ser apresentada por qualquer pessoa ou empresa que esteja envolvida com o assunto a ser normalizado. “A pertinência da demanda é analisada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas e, sendo viável, o assunto é levado ao Comitê Técnico correspondente para inserção no respectivo Programa de Normalização Setorial. Caso não exista Comitê Técnico relacionado ao assunto, a ABNT propõe a criação de um novo Comitê Técnico, que pode ser um Comitê Brasileiro, um Organismo de Normalização Setorial ou uma Comissão de Estudo Especial”, detalha.
Companhias com atividades e serviços que envolvem dutos, além de empresas de perfuração e associações ligadas à metodologia construtiva para instalação de dutos (conhecida como Método Não Destrutivo), demandaram a normatização dessa metodologia. “A ABNT criou essa Comissão de Estudo Especial para estruturar o projeto do Método Não Destrutivo de Perfuração Direcional Horizontal, e me sinto muito privilegiado por ter sido convidado a contribuir”, declarou Peterka.
Mesmo durante a pandemia, as reuniões não foram suspensas e estão acontecendo por videoconferência. Cerca de 20 colaboradores técnicos de diversas entidades e empresas participam dos encontros. Peterka ressalta a importância da normatização dessa metodologia para padronizar e estabelecer diretrizes, agregando as boas práticas da engenharia na área de implantação de dutos.
“No contrato do gasoduto Rota 3, da Petrobras, utilizamos esse método para instalação do gasoduto em 13 cruzamentos com rodovias e ferrovia, com a técnica de Boring Machine. Também usamos dois Horizontal Direction Drilling, chamados HDD, na travessia do Rio Caceribu e da Serra da Sapucaia. Na travessia da Serra, foi a primeira vez no Brasil em que foi feita a consolidação do maciço através de cimentação com técnica de perfurações de poços de petróleo. Desenvolvemos uma engenharia única para o processo, e estou buscando levar essa experiência para o grupo de trabalho”, contou.